terça-feira, 3 de julho de 2012

Minha insensata oração

Não sei se é pra rir ou chorar
De toda forma sou grata
Por ter te visto e encarado
O pouco com o qual eu me contentava
Pouco amor, pouco zelo, pouca música
Muita diferença

Só consigo pensar na textura da sua pele
Na sua barba na minha nuca
No suor inevitável de receio
De abrir a boca e colocar tudo a perder
Livrai-me dele
Livrai-me dos vícios, das faltas dele
Da alma dele que em mim queima
Que atei à minha sem querer
E machuca e arde
Por só ter desejado saber
Como é pertencer a alguém

Livrai-me dos beijos por hábito
Da intragável amargura das brincadeiras dele
Me traz pra junto do teu peito
E diz que vai ficar tudo bem?

Porque, meu senhor, eu já não sei mais
Como te tirar do pensamento
Tampouco como te colocar
Pra sentar no braço do meu sofá

Se eu gritar teu nome
De novo
Será que você me escuta?
E volta e me julga
E canta e dança
E bebe e ri de mim?
No fundo eu sei que sim
Mas a voz não sai

Preciso pôr um fim nessa história
Porque eu soube desde o momento
Em que você cruzou minha porta
Que era você o meu início
De um felizes para sempre.

Amém.

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